A ausência de Cristiano Ronaldo no funeral de Diogo Jota e do irmão André Silva, realizado na manhã deste sábado (5 de julho) em Gondomar, gerou grande controvérsia e agitou as redes sociais. O capitão da Seleção Nacional, que prestou uma sentida homenagem ao companheiro nos dias anteriores, optou por não marcar presença pública na cerimónia fúnebre, decisão que dividiu opiniões entre os adeptos e comentadores.
De acordo com o jornal britânico The Mirror, a Federação Portuguesa de Futebol teria confirmado antecipadamente que Ronaldo não compareceria ao funeral. A notícia levou a uma onda de críticas no X (antigo Twitter), com várias publicações a apontarem a ausência do capitão como uma falha de respeito e de liderança. Entre os comentários, surgiram frases duras como:
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“O plantel do Liverpool comparece em peso no funeral de Diogo Jota e do seu irmão. CR7 está a curtir o seu iate. O carácter define-se nestes momentos.”
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“Ao não ir ao funeral ou ao velório, acaba de perder a braçadeira da Seleção Nacional.”
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“Cristiano Ronaldo não foi ao funeral? Esta é a pior atitude que já vi da parte dele.”
Por outro lado, também não faltaram vozes a sair em defesa de Ronaldo, sublinhando que a sua presença poderia desviar o foco do momento de luto e transformar a cerimónia num evento mediático indesejado.
“Acho bem o Ronaldo não ter ido ao funeral. Iam fazer disto o circo do Ronaldo em Gondomar”, escreveu um utilizador.
Além disso, há ainda quem aponte que não se pode excluir a hipótese de o jogador ter prestado condolências em privado, junto da família, especialmente durante o velório reservado realizado na sexta-feira, longe das câmaras e da imprensa.
A cerimónia fúnebre contou com uma forte presença do mundo do futebol. Para além da comitiva do Liverpool — que incluiu jogadores, técnicos e dirigentes — marcaram presença muitos nomes sonantes do futebol português:
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João Félix, Rúben Dias, Bernardo Silva, João Cancelo, Rui Patrício, Danilo Pereira, José Fonte, André Horta, Renato Veiga, entre outros.
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O selecionador Roberto Martínez e o ex-selecionador Fernando Santos também estiveram presentes.
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A Federação Portuguesa de Futebol fez-se representar por Pedro Proença e João Vieira Pinto, e estiveram ainda presentes os ex-jogadores Ricardo e Abel Xavier.
Um dos momentos mais emocionantes foi protagonizado por Rúben Neves, melhor amigo de Diogo Jota, que viajou dos Estados Unidos após abandonar o Mundial de Clubes para estar presente. Neves foi um dos elementos que transportou a urna do jogador de 28 anos, num gesto comovente que espelhou a dor sentida pela perda.
A ausência de Cristiano Ronaldo, independentemente dos motivos, não apaga o tributo emotivo que o capitão português fez nas redes sociais logo após a notícia do falecimento, mas o debate público continua aceso, refletindo a intensidade emocional do momento e o impacto da tragédia na sociedade portuguesa.