Segunda-feira, Setembro 8, 2025
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Descubra o Motivo Inesperado que Levou Diogo Jota a Recusar o Avião, Segundo Seu Fisioterapeuta

A morte de Diogo Jota na madrugada da última quinta-feira, num acidente de carro em Espanha, ganhou um novo e comovente capítulo, com revelações sobre as razões médicas que o levaram a optar por uma viagem terrestre em vez de aérea. O internacional português, conhecido pela sua dedicação e paixão pela Seleção Nacional, tinha recentemente sido submetido a uma cirurgia pulmonar que o impedia de voar, condição que acabou por influenciar diretamente a tragédia.

Em entrevista à RTP 3, Miguel Gonçalves, fisioterapeuta respiratório que acompanhou Diogo Jota em Portugal, explicou que o jogador foi operado em Liverpool devido a um pneumotórax — uma lesão que consiste no alojamento de ar entre o pulmão e a pleura, situação que pode causar o colapso pulmonar. A intervenção visou “colar” os tecidos para evitar novas ocorrências, mas exigia um período mínimo de seis semanas sem voos, por causa das alterações de pressão nas cabines que poderiam provocar um descolamento do pulmão e comprometer a recuperação.

Por essa razão, Diogo Jota escolheu deslocar-se de carro e barco para Portugal, onde passaria férias e celebraria o casamento com Rute Cardoso, além de disputar a Liga das Nações pela Seleção. Miguel Gonçalves revelou ainda que o jogador optou por adiar a cirurgia, mesmo ciente do risco moderado de recidiva, para poder representar o país no torneio que Portugal acabaria por vencer. “Ele tinha uma enorme paixão pela Seleção e queria fazer parte daquela conquista”, afirmou o fisioterapeuta.

Após o casamento, Diogo Jota iniciou a recuperação pulmonar em Portugal, sob acompanhamento clínico rigoroso, com foco em exercícios de expansão pulmonar e treino respiratório para conseguir regressar ao Liverpool com 80 a 90% da capacidade pulmonar recuperada e estar preparado para a pré-época.

Tragicamente, a viagem de regresso, feita por estrada e planeada para evitar o avião, terminou num acidente fatal na autoestrada A-52, perto de Zamora, onde o carro despistou-se após o rebentamento de um pneu durante uma ultrapassagem, resultando na morte do jogador e do irmão, André Silva.

Esta revelação acrescenta uma dimensão ainda mais humana e emotiva à perda de Diogo Jota, evidenciando a sua determinação e compromisso inabalável com a Seleção Portuguesa, mesmo diante de sérios riscos para a sua saúde.

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