Mariana Cabral, que esteve ao comando do futebol feminino do Sporting entre 2021 e 2024, falou abertamente sobre a sua passagem pelo clube em entrevista ao jornal A Bola. A treinadora revelou que, apesar de ter vivido momentos felizes, enfrentou desafios significativos durante o seu percurso em Alvalade.
Mariana confessou que já na temporada anterior havia pensado em rescindir o contrato, sobretudo pela pressão constante e pela sensação de que o seu trabalho não era devidamente valorizado. “Durante muito tempo no Sporting, até à última época, não tínhamos um diretor específico para o futebol feminino. O diretor era o da formação, o professor Tomás Morais, que é uma pessoa excelente e muito competente. Só no último ano é que tivemos uma diretora. Atenção que não estou a queixar-me, sei que as coisas eram assim, que tinham de ser assim”, explicou.
Apesar das dificuldades, Mariana salientou o carinho que guarda pelas jogadoras e a satisfação de ter conquistado títulos importantes, como duas Supertaças e uma Taça de Portugal. “Devo ressalvar também que gostei muito de estar no Sporting e que fui muito feliz no Sporting. Especialmente com as jogadoras, tenho saudades de muitas delas”, sublinhou.
Por fim, revelou que a sua psicóloga aconselhou que saísse antes do clube, mas que ela optou por continuar, motivada pela ambição de disputar a Liga dos Campeões, algo que o Sporting não alcançava há vários anos. “Acabámos por fazer uma fase de qualificação muito boa”, concluiu Mariana Cabral, deixando uma mensagem de resiliência e dedicação ao futebol feminino leonino.
