Cristiano Ronaldo não foi a única ausência notada nas cerimónias fúnebres de Diogo Jota e André Silva, realizadas na manhã de sábado em Gondomar, após o trágico acidente de viação que vitimou os dois em Zamora, Espanha. Outra ausência que tem causado polémica entre adeptos é a do avançado colombiano Luis Díaz, ex-FC Porto e colega de equipa de Jota no Liverpool.
Enquanto grande parte do plantel do Liverpool marcou presença na Igreja Matriz de São Cosme para o último adeus, incluindo antigos jogadores como James Milner e Jordan Henderson, Luis Díaz optou por não se deslocar a Portugal, o que gerou revolta especialmente entre os fãs colombianos.
A crítica maior recai sobre o facto de Díaz não ter apoiado publicamente a família de Jota, especialmente depois de o próprio colombiano ter sido homenageado pelo português numa ocasião difícil — quando Díaz enfrentou o sequestro do pai, Mane Díaz, e Diogo Jota lhe mostrou apoio vestindo a camisola do amigo após marcar um golo.
Além da ausência nas cerimónias, Díaz foi visto na sexta-feira, dia do velório, em vídeos descontraídos com influencers colombianos, o que só alimentou a decepção dos adeptos, que consideram esta postura inadequada num momento de profunda dor.
Comentários nas redes sociais criticam fortemente o jogador: “Não podes virar as costas a alguém que teve um gesto contigo quando passavas por um dos momentos mais difíceis da tua vida”, escreveu um adepto. Outro reforçou: “Deixaste de ir, deixaste de lado a família dele, a tua equipa e os adeptos para estares com influencers? Que vergonha.”
Contudo, já surgiu uma explicação para a ausência. Segundo Lizeth Torres, chefe de redação do portal colombiano Diario Deportes, a longa viagem desde Barranquilla até Lisboa, incluindo escalas, levaria quase 24 horas, o que teria inviabilizado a presença de Díaz no funeral. O Liverpool terá informado os jogadores de que não haveria problema caso não conseguissem ir.
Apesar da ausência física, Luis Díaz reagiu publicamente à morte de Jota poucas horas após a tragédia, demonstrando a sua dor e carinho: “Não tenho palavras… Dói-me a alma. Não só pelo que foste dentro do campo, mas pela pessoa que foste fora dele. Há gestos que nunca se esquecem e o Diogo teve um comigo que me acompanhará para o resto da vida. O meu abraço está com a Rute, os três filhos e a família. Descansem em paz, Diogo e André.”
Este episódio reflete a complexidade emocional e as expectativas que recaem sobre figuras públicas em momentos de luto coletivo, e mostra como a ausência de um jogador, mesmo que justificada, pode ser interpretada de forma muito dura pelos fãs.
