O FC Porto oficializou esta terça-feira a saída de Iván Marcano, um dos nomes mais emblemáticos do plantel e figura marcante da última década no clube. O central espanhol despede-se do Dragão após dez anos de ligação, repartidos por dois períodos distintos: o primeiro entre 2014 e 2018 e o segundo entre 2019 e 2025.
Durante este ciclo, Marcano disputou 267 jogos oficiais, tornando-se um dos jogadores estrangeiros com mais presenças de sempre pelos dragões. Além disso, conquistou um palmarés significativo, com três Campeonatos Nacionais, três Taças de Portugal, uma Supertaça Cândido de Oliveira e uma Taça da Liga, inscrevendo o seu nome entre os mais vitoriosos da era moderna do clube.
Mas o legado de Marcano não termina nos títulos: o espanhol encerra a carreira no FC Porto como o defesa mais goleador da história do clube, com 31 golos marcados, um feito raro para um jogador da sua posição. Mesmo aos 38 anos e após uma longa paragem por lesão grave, regressou aos relvados no início do ano e ainda conseguiu exibir-se com qualidade, contribuindo com a sua experiência e liderança para estabilizar uma defesa em dificuldades.
A sua saída marca o fim de uma era no balneário portista, numa altura em que o clube vive um período de profunda reformulação, após uma época abaixo das expectativas e a eliminação precoce no Mundial de Clubes. Com Martín Anselmi também de saída, a direção liderada por André Villas-Boas prepara-se para uma renovação estrutural no plantel, onde nomes históricos como Marcano também dão lugar a um novo ciclo.
O FC Porto perde assim um símbolo de consistência e entrega, mas Marcano sai com o reconhecimento do clube e dos adeptos, deixando uma marca indelével na história recente do futebol azul e branco.
